PLANTÃO / ECONOMIA

Juro ao consumidor sobe pelo 13º mês seguido; cartão passa de 238% ao ano

14/07/2014
UOL

Os juros cobrados em empréstimos e financiamentos concedidos aos consumidores subiram em junho e atingiram o maior nível desde julho de 2012. Foi a 13ª alta seguida nas taxas, de acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Segundo a Anefac, a taxa média cobrada da pessoa física ficou em 6,03% ao mês, ou 101,90% ao ano. Em maio, a média tinha sido de 5,98% mensais (100,76% anuais). Os números são médias e variam de acordo com cada banco e cliente, havendo percentuais maiores e menores.

Das seis linhas destinadas a pessoas físicas pesquisadas pela associação, cinco subiram e uma caiu.

Juros do cartão de crédito chegam a 238,67% ao ano

Os juros cobrados no crédito rotativo do cartão, que eram de 10,52% ao mês em maio, chegaram a 10,7% em junho. O rotativo é o crédito acessado pelo consumidor quando ele deixa de pagar a fatura ou paga só uma parte do valor.

A alta, de 0,18 ponto percentual, foi a maior entre as taxas cobradas da pessoa física. A taxa do cartão também permanece sendo a mais alta entre as pesquisadas, chegando a 238,67% ao ano.

Taxa do cheque especial chega a 8,28% ao mês

A taxa do cheque especial também teve alta, saindo de 8,22% ao mês em maio para 8,28% ao mês em junho. No empréstimo pessoal concedido pelas financeiras, os juros, que eram de 7,29% mensais, chegaram a 7,35% ao mês.

Houve alta, ainda, nos juros do comércio (que saíram de 4,62% mensais para 4,64% ao mês) e no empréstimo pessoal oferecido pelos bancos (de 7,29% mensais para 7,35% mensais).

Só juros para financiamento de automóveis caiu

A única taxa que teve queda entre as seis pesquisadas pela Anefac para pessoas físicas foi a do Crédito Direto ao Consumidor (CDC) dos bancos destinado ao financiamento de automóveis.

Nesse caso, a média, que era de 1,8% ao mês em maio, caiu para 1,78% ao mês em junho, uma redução de 0,02 ponto percentual.

Houve alta também nos juros cobrados das empresas

A pesquisa da Anefac também mostra alta nas taxas cobradas em linhas de crédito voltadas para empresas. Os juros médios, nesse caso, tiveram uma elevação de 0,03 ponto percentual, passando de 3,41% ao mês (49,54% ao ano) para 3,44% ao mês (50,06% ao ano).

Assim como no caso das taxas cobradas dos consumidores, essa também é maior média registrada desde julho de 2012.

Das três linhas de crédito pesquisadas, uma foi reduzida (capital de giro) e duas foram elevadas (desconto de duplicatas e conta garantida).

Perspectiva para julho é de estabilidade nas taxas

Para o diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, as altas registradas em junho se devem ao aumento dos calotes e à expectativa de piora nos índices de inflação e de crescimento econômico.

Tudo isso leva ao aumento da taxa básica de juros da economia, a Selic, que tem influência sobre os juros cobrados por bancos e financeiras.

Como o Banco Central não alterou a Selic em sua última reunião, a expectativa é que o mesmo aconteça com os juros cobrados de consumidores e empresas em julho.

"É provável que as taxas de juros das operações de crédito se mantenham inalteradas neste período, a não ser que, eventualmente, por conta da piora no cenário econômico, a inadimplência venha a ser elevada, o que levaria as instituições financeiras a subir suas taxas de juros mesmo em um ambiente de manutenção da Selic", diz.

O Banco Central deu início, nesta terça-feira (15), a mais uma reunião para discutir os rumos da Selic. Essa decisão, porém, só deve influenciar os juros de consumidores e empresas a partir de agosto.

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