Servidores precisam se mobilizar e lutar contra a tentativa de desmonte do serviço público pelo Governo Bolsonaro.
Em 28 de outubro é comemorado o Dia do Servidor Público. Porém, em vez de festa, esse dia deve ser de reflexão e de preparação para a luta. Afinal, o ano de 2020 tem sido de muitos desafios para a categoria e para a população brasileira em geral.
Além da pandemia do coronavírus, que ceifou a vida de muitos colegas servidores, o presidente Bolsonaro e a sua equipe econômica declararam guerra ao funcionalismo, considerado pelo atual Governo como um inimigo a ser destruído.
Como se não bastasse, o ex-capitão e a sua trupe querem desmontar o serviço público e privatizar as empresas estatais (Caixa, Banco do Brasil, Correios, Eletrobras, etc.), o que ocasionará muito prejuízos à população mais pobre, que em pouco tempo não terá mais acesso à educação e à saúde pública, por exemplo, muito embora o SUS tenha exercido um papel fundamental para salvar vidas durante a pandemia.
Vale ressaltar que o objetivo do atual Governo, responsável por acentuar os ataques de governos anteriores, é enriquecer os banqueiros e vender todo o patrimônio do povo brasileiro para o capital financeiro e para as multinacionais, o que encarecerá os serviços, colocará em risco a soberania nacional, e afetará – sobremaneira – o bolso dos trabalhadores.
O golpe de misericórdia de Bolsonaro e do Congresso Nacional é a famigerada PEC 32/2020, conhecida como Reforma Administrativa, que – se aprovada – ameaçará carreiras, salários, concursos, estabilidade e benefícios dos novos servidores e até dos atuais, sob os falsos argumentos de que o Brasil tem “servidores demais”, que “a categoria seria privilegiada” e responsável pelo crescimento dos gastos públicos, quando – na verdade – os verdadeiros privilegiados do Estado, como os políticos e os magistrados, não serão atingidos pela Reforma. Ressalte-se, ainda, que, segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o Brasil é um país com baixa proporção de empregos públicos.
De fato, essa PEC 32/2020 só visa precarizar o serviço público, retirar direitos dos servidores, instaurar o Estado mínimo e deixar milhares de brasileiros sem acesso aos serviços básicos.
Porém, não é só o Governo Federal que tem atuado para ceifar direitos e garantias dos servidores públicos. É preciso lembrar que o Governo do Maranhão aplicou a Reforma da Previdência no Estado, aumentando, assim, a contribuição previdenciária do funcionalismo, o que fez achatar, ainda mais, os vencimentos da categoria.
Além disso, a ALEMA atacou os adicionais de qualificação de seus servidores e ignorou, por completo, as reivindicações do SINDSALEM, como o abono de permanência e, sobretudo, a Reforma do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV).
Mesmo diante de todos esses ataques, o Sindicato não se omitiu, mantendo-se firme na luta em defesa dos seus associados. “Lutamos em favor das pessoas do grupo de risco, por condições dignas de trabalho, pelo respeito aos protocolos sanitários, a fim de resguardar a saúde da categoria. Sem falar, na realização da assembleia virtual para dirimir dúvidas sobre os empréstimos consignados, protegendo as finanças de nossos sindicalizados na pandemia” – afirmou o presidente do SINDSALEM, Nataniel Serejo.
Do ponto de vista político, com o intuito de manter a categoria mobilizada, o Sindicato realizou diversas LIVES para conscientizar os trabalhadores e a sociedade sobre as mentiras dos governos e dos patrões. O objetivo do Sindicato é criar uma frente de luta unificada, envolvendo diversas categorias, para pressionar os parlamentares a barrarem essa onda de ataques que almejam destruir o serviço público no país.
“Desde já, em nome da Diretoria, convoco os servidores a se engajarem nas atividades do Sindicato, pois somente com compromisso, ação, luta e solidariedade de classe, conseguiremos acabar com essa mentira do governo de que somos privilegiados, alcançando, assim, a valorização que merecemos e o apoio da sociedade, de modo a derrubar essa Reforma Administrativa, que só trará prejuízos para os brasileiros. Parabéns, servidor (a). Vamos à luta!” – finalizou Nataniel.
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